‘Gestão pelo medo na Caixa acabou’, diz Rita Serrano ao tomar posse como presidente da Caixa
É a quarta vez que uma mulher vai presidir a Caixa e a segunda vez que a escolhida é uma servidora de carreira do banco. Evento contou com presença do presidente Lula e celebrou os 162 anos da instituição. Com presença de Lula, Rita Serrano toma posse como presidente da Caixa
Pedro Henrique Gomes/g1
A servidora Rita Serrano tomou posse nesta quinta-feira (12) como presidente da Caixa Econômica Federal. Ela substitui a economista Daniella Marques Consentino, indicada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).
Em seu discurso, Serrano afirmou que a “gestão pelo medo na Caixa acabou” e disse que trabalhará para a humanização das relações de trabalho no banco.
A declaração foi uma referência às denúncias de assédio sexual e moral contra o ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, durante a gestão Bolsonaro.
“Eu afirmei para os meus colegas hoje de manhã, porque fizemos também um evento [de posse interno], que a gestão pelo medo na Caixa acabou”, afirmou Serrano, sendo muito aplaudida pelos presentes.
A cerimônia de posse ocorreu no teatro da Caixa Cultural, em Brasília, e contou com a presença de diversas autoridades, entre elas do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), da primeira-dama, Janja da Silva, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A solenidade aconteceu no dia em que o banco comemora 162 anos de história. Por conta da data, ex-presidentes da instituição também participaram da solenidade. Entre eles:
Maria Fernanda Coelho;
Miriam Belchior;
Nelson Antonio;
Gilberto Occhi;
e Joaquim Lima.
É a quarta vez que uma mulher vai presidir a Caixa e a segunda vez que a escolhida é uma servidora de carreira do banco.
A escolha de Serrano foi feita pelo próprio presidente Lula, que priorizou mulheres para os comandos dos dois principais bancos públicos do país. Além de Serrano na Caixa, Tarciana Medeiros será a nova presidente do Banco do Brasil.
‘Reconstrução do país’
Na cerimônia, Serrano também disse que a Caixa trabalhará junto ao governo para a “reconstrução do país.
“O presidente Lula afirmou em seu discurso de posse que agora é a hora de voltar a cuidar do Brasil e do povo brasileiro. A nova Caixa nasce com esse espírito e esse compromisso com a reconstrução do país e a melhoria da qualidade de vida da população.”
Para isso, apontou que vai reorganizar o banco para:
cumprir com excelência o gerenciamento dos programas de transferência de renda do governo e do Minha Casa Minha Vida;
ampliar a parceria com estados e municípios para desenvolvimento dos projetos de infraestrutura;
promover a inclusão bancária da população;
avançar em tecnologia para oferecer melhores serviços e atendimento ao cliente;
buscar a rentabilidade do negócio com “equilíbrio entre as operações comerciais e as ações de inclusão”;
investir em projetos culturais;
e atuar em temas relacionados às questões de sustentabilidade e humanização das relações de trabalho.
Já o presidente Lula fez um discurso em que afirmou estar convencido que, como a nova gestão na Caixa, o país vai conseguir “bancarizar a massa pobre” da população e melhorar a situação salarial das pessoas, além de tocar os programas sociais e os investimentos em infraestrutura.
“A Caixa tem uma participação extraordinária. Eu pude saber a força extraordinária da Caixa ao financiar as casas”, disse Lula.
A Caixa
A Caixa Econômica Federal é um banco público, vinculado ao Ministério da Fazenda. É o principal braço de execução de políticas sociais do governo federal.
É a Caixa, por exemplo, quem cuida do pagamento do programa Bolsa Família e do seguro-desemprego aos trabalhadores demitidos.
Além disso, administradora o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e outros fundos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).
Perfil
Natural de Santo André (SP), Rita Serrano é graduada em Estudos Sociais e História, com mestrado em administração pela Universidade de São Caetano do Sul.
É servidora de carreira da Caixa Econômica Federal. Em 33 anos de banco, ocupou os mais diversos cargos da instituição. Em 2017, foi eleita pela primeira vez pelos empregados para ocupar assento no conselho de administração da empresa.
Em 2022, foi reeleita para o terceiro mandato no conselho, mas vai renunciar ao assento, já que será a nova presidente do banco.
É, também, escritora. Em 2018, lançou “Caixa, Banco dos brasileiros”, texto que relata de forma crítica a história centenária do banco. Recentemente, lançou o “Rompendo Barreiras”, em que fala sobre sua trajetória de vida.
Pedro Henrique Gomes/g1
A servidora Rita Serrano tomou posse nesta quinta-feira (12) como presidente da Caixa Econômica Federal. Ela substitui a economista Daniella Marques Consentino, indicada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).
Em seu discurso, Serrano afirmou que a “gestão pelo medo na Caixa acabou” e disse que trabalhará para a humanização das relações de trabalho no banco.
A declaração foi uma referência às denúncias de assédio sexual e moral contra o ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, durante a gestão Bolsonaro.
“Eu afirmei para os meus colegas hoje de manhã, porque fizemos também um evento [de posse interno], que a gestão pelo medo na Caixa acabou”, afirmou Serrano, sendo muito aplaudida pelos presentes.
A cerimônia de posse ocorreu no teatro da Caixa Cultural, em Brasília, e contou com a presença de diversas autoridades, entre elas do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), da primeira-dama, Janja da Silva, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A solenidade aconteceu no dia em que o banco comemora 162 anos de história. Por conta da data, ex-presidentes da instituição também participaram da solenidade. Entre eles:
Maria Fernanda Coelho;
Miriam Belchior;
Nelson Antonio;
Gilberto Occhi;
e Joaquim Lima.
É a quarta vez que uma mulher vai presidir a Caixa e a segunda vez que a escolhida é uma servidora de carreira do banco.
A escolha de Serrano foi feita pelo próprio presidente Lula, que priorizou mulheres para os comandos dos dois principais bancos públicos do país. Além de Serrano na Caixa, Tarciana Medeiros será a nova presidente do Banco do Brasil.
‘Reconstrução do país’
Na cerimônia, Serrano também disse que a Caixa trabalhará junto ao governo para a “reconstrução do país.
“O presidente Lula afirmou em seu discurso de posse que agora é a hora de voltar a cuidar do Brasil e do povo brasileiro. A nova Caixa nasce com esse espírito e esse compromisso com a reconstrução do país e a melhoria da qualidade de vida da população.”
Para isso, apontou que vai reorganizar o banco para:
cumprir com excelência o gerenciamento dos programas de transferência de renda do governo e do Minha Casa Minha Vida;
ampliar a parceria com estados e municípios para desenvolvimento dos projetos de infraestrutura;
promover a inclusão bancária da população;
avançar em tecnologia para oferecer melhores serviços e atendimento ao cliente;
buscar a rentabilidade do negócio com “equilíbrio entre as operações comerciais e as ações de inclusão”;
investir em projetos culturais;
e atuar em temas relacionados às questões de sustentabilidade e humanização das relações de trabalho.
Já o presidente Lula fez um discurso em que afirmou estar convencido que, como a nova gestão na Caixa, o país vai conseguir “bancarizar a massa pobre” da população e melhorar a situação salarial das pessoas, além de tocar os programas sociais e os investimentos em infraestrutura.
“A Caixa tem uma participação extraordinária. Eu pude saber a força extraordinária da Caixa ao financiar as casas”, disse Lula.
A Caixa
A Caixa Econômica Federal é um banco público, vinculado ao Ministério da Fazenda. É o principal braço de execução de políticas sociais do governo federal.
É a Caixa, por exemplo, quem cuida do pagamento do programa Bolsa Família e do seguro-desemprego aos trabalhadores demitidos.
Além disso, administradora o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e outros fundos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).
Perfil
Natural de Santo André (SP), Rita Serrano é graduada em Estudos Sociais e História, com mestrado em administração pela Universidade de São Caetano do Sul.
É servidora de carreira da Caixa Econômica Federal. Em 33 anos de banco, ocupou os mais diversos cargos da instituição. Em 2017, foi eleita pela primeira vez pelos empregados para ocupar assento no conselho de administração da empresa.
Em 2022, foi reeleita para o terceiro mandato no conselho, mas vai renunciar ao assento, já que será a nova presidente do banco.
É, também, escritora. Em 2018, lançou “Caixa, Banco dos brasileiros”, texto que relata de forma crítica a história centenária do banco. Recentemente, lançou o “Rompendo Barreiras”, em que fala sobre sua trajetória de vida.