Moody’s corta nota de crédito da Americanas e coloca sob observação negativa
Sem um acordo rápido com os bancos, a agência de classificação de riscos acredita que a Americanas deve iniciar processo de recuperação judicial e apresentar alternativas para melhorar sua estrutura de crédito. Lojas Americanas de Boa Vista, na avenida Jaime Brasil
Caíque Rodrigues/g1 RR
A agência de classificação de risco Moody’s cortou a nota de crédito da Americanas de ‘Ba2’ para ‘Caa3’ e a colocou sob observação negativa. A nova classificação indica que a empresa está sob risco de crédito muito elevado.
Os analistas Erick Rodrigues e Marcos Schmidt escrevem que a mudança ocorre após a companhia conseguir uma medida cautelar para suspender a cobrança de dívidas por parte dos credores.
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Entenda o que aconteceu com a Americanas
Sem um acordo rápido com os bancos, a agência de classificação de riscos acredita que a Americanas deve iniciar processo de recuperação judicial e apresentar alternativas para melhorar sua estrutura de crédito.
“A imposição da medida cautelar acontece após a deterioração rápida de credibilidade e elevação de risco de crédito envolvendo o patamar de dívida da companhia e sua habilidade de honrá-la”, afirma a Moody’s.
A agência pondera que a nota de crédito da Americanas pode ser elevada ou reduzida novamente e depende do sucesso da renegociação com os credores e sua habilidade para manter necessidades de capital de giro sem deterioração da dívida.
“Adicionalmente, a Moody’s também vai continuar a avaliar o resultado das investigações sobre as inconsistências contábeis e a magnitude do seu impacto sobre a estrutura de capital, lucro e maior custo de dívida”, comentam.
Outra agência de classificação de risco, a S&P cortou a nota de crédito da Americanas de ‘B’ na escala global para ‘D’ (default geral) e rebaixou as classificações de emissão das dívidas “senior unsecured” da varejista de “B” para “D”, retirando os ratings de recuperação.
Entenda o caso
As ações da Americanas despencaram na bolsa de valores na quinta-feira (12) depois que a empresa publicou comunicado em que diz que foram identificadas “inconsistências em lançamentos contábeis” no balanço, em valor que chega a R$ 20 bilhões.
Em outras palavras, a Americanas percebeu que o valor bilionário — que é referente aos primeiros nove meses de 2022 e anos anteriores — não havia sido registrado de forma apropriada nos balanços corporativos da empresa.
A empresa publicou documento em que afirma que a correção das inconsistências contábeis, cujo valor foi estimado em cerca de R$ 20 bilhões, levará à revisão dos resultados financeiros de anos anteriores. Segundo a Americanas, os números referentes ao grau de endividamento e seu ao capital de giro serão alterados.
Isso levará ao descumprimento de contratos e ao vencimento antecipado e imediato de dívidas. De acordo com o documento judicial, o montante de dívidas pode chegar a R$ 40 bilhões.
Uma decisão judicial de sexta-feira (13) determina, entre outras medidas, a interrupção de quaisquer cláusulas contratuais que imponham o pagamento antecipado de dívidas da empresa e a incidência de juros durante esse período. O documento também pede que qualquer valor recebido pelos credores por causa desse assunto seja devolvido à empresa.
Pela cláusula de vencimento antecipado, os bancos para os quais a Americanas deve poderiam pegar o dinheiro existente em contas correntes e de investimentos. Se isso acontecesse, a empresa quebraria.
Também na sexta, a Justiça deu o prazo de 30 dias para que a empresa avalie se vai pedir recuperação judicial.
Raio-X da Americanas
g1
Caíque Rodrigues/g1 RR
A agência de classificação de risco Moody’s cortou a nota de crédito da Americanas de ‘Ba2’ para ‘Caa3’ e a colocou sob observação negativa. A nova classificação indica que a empresa está sob risco de crédito muito elevado.
Os analistas Erick Rodrigues e Marcos Schmidt escrevem que a mudança ocorre após a companhia conseguir uma medida cautelar para suspender a cobrança de dívidas por parte dos credores.
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Entenda o que aconteceu com a Americanas
Sem um acordo rápido com os bancos, a agência de classificação de riscos acredita que a Americanas deve iniciar processo de recuperação judicial e apresentar alternativas para melhorar sua estrutura de crédito.
“A imposição da medida cautelar acontece após a deterioração rápida de credibilidade e elevação de risco de crédito envolvendo o patamar de dívida da companhia e sua habilidade de honrá-la”, afirma a Moody’s.
A agência pondera que a nota de crédito da Americanas pode ser elevada ou reduzida novamente e depende do sucesso da renegociação com os credores e sua habilidade para manter necessidades de capital de giro sem deterioração da dívida.
“Adicionalmente, a Moody’s também vai continuar a avaliar o resultado das investigações sobre as inconsistências contábeis e a magnitude do seu impacto sobre a estrutura de capital, lucro e maior custo de dívida”, comentam.
Outra agência de classificação de risco, a S&P cortou a nota de crédito da Americanas de ‘B’ na escala global para ‘D’ (default geral) e rebaixou as classificações de emissão das dívidas “senior unsecured” da varejista de “B” para “D”, retirando os ratings de recuperação.
Entenda o caso
As ações da Americanas despencaram na bolsa de valores na quinta-feira (12) depois que a empresa publicou comunicado em que diz que foram identificadas “inconsistências em lançamentos contábeis” no balanço, em valor que chega a R$ 20 bilhões.
Em outras palavras, a Americanas percebeu que o valor bilionário — que é referente aos primeiros nove meses de 2022 e anos anteriores — não havia sido registrado de forma apropriada nos balanços corporativos da empresa.
A empresa publicou documento em que afirma que a correção das inconsistências contábeis, cujo valor foi estimado em cerca de R$ 20 bilhões, levará à revisão dos resultados financeiros de anos anteriores. Segundo a Americanas, os números referentes ao grau de endividamento e seu ao capital de giro serão alterados.
Isso levará ao descumprimento de contratos e ao vencimento antecipado e imediato de dívidas. De acordo com o documento judicial, o montante de dívidas pode chegar a R$ 40 bilhões.
Uma decisão judicial de sexta-feira (13) determina, entre outras medidas, a interrupção de quaisquer cláusulas contratuais que imponham o pagamento antecipado de dívidas da empresa e a incidência de juros durante esse período. O documento também pede que qualquer valor recebido pelos credores por causa desse assunto seja devolvido à empresa.
Pela cláusula de vencimento antecipado, os bancos para os quais a Americanas deve poderiam pegar o dinheiro existente em contas correntes e de investimentos. Se isso acontecesse, a empresa quebraria.
Também na sexta, a Justiça deu o prazo de 30 dias para que a empresa avalie se vai pedir recuperação judicial.
Raio-X da Americanas
g1