Dólar chega a R$ 5, esperando dados dos EUA e com desemprego no Brasil; Ibovespa tem queda

Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,07%, cotado a R$ 4,9787. Já o principal índice acionário da B3 encerrou em alta de 0,65%, aos 127.691 pontos. Cédulas de dólar
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O dólar opera em alta nesta quinta-feira (28), batendo a casa dos R$ 5. Investidores aguardam a divulgação de dados de inflação americana e analisam os dados de desemprego no Brasil.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Às 9h20, o dólar operava em alta de 0,44%, cotado a R$ 5,0008. Na máxima, chegou a R$ 5,0063. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana teve queda de 0,07%, cotada a R$ 4,9787.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,40% na semana;
ganho de 0,13% no mês;
avanço de 2,60% no ano.

Ibovespa
O Ibovespa só opera em queda de 0,33%, aos 127.270 pontos.
Na véspera, o índice teve alta de 0,65%, aos 127.691 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,52% na semana;
queda de 1,03% no mês;
recuo de 4,84% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?
A sessão do dólar tende a ser mais volátil devido à briga pela formação da taxa Ptax de fim de mês. A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central que serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la para níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas ou vendidas em dólar.
Na avaliação de mercado, o foco continua voltado para dados de inflação dos EUA, que saem no final desta semana. A expectativa é de alta de 0,3% em fevereiro do índice PCE sobre o mês anterior e de 2,8% na base anual.
Analistas entendem que qualquer número mais alto será considerado como um revés para as apostas de um corte de juros pelo Fed em junho.
No Brasil, o Banco Central elevou de 1,7% para 1,9% sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A informação consta do relatório de inflação do primeiro trimestre, divulgado nesta quinta-feira (28).
“A revisão moderada reflete, principalmente, dinamismo levemente maior que o esperado da economia no início do ano, como sugerem os indicadores disponíveis”, informou o BC.
O BC também manteve a sua estimativa para a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 3,5% para 2024. A meta de inflação deste ano é de 3%, e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Segundo a instituição, a probabilidade estimada de a inflação ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância da meta de inflação deste ano, que é de 4,5%, é de 19%.
Nesta quinta-feira, o destaque é a divulgação dos dados de desemprego no país. A taxa de desemprego no Brasil foi de 7,8% no trimestre encerrado em fevereiro, uma alta de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.
Ontem, o Ministério do Trabalho e Emprego informou que o país criou 306,1 mil empregos formais em fevereiro deste ano. O número representa uma melhora em comparação ao mesmo mês do ano passado, quando foram gerados 252,5 mil empregos com carteira assinada (valor ajustado), um aumento de 21,2%.
Também ontem saiu a ata do Copom. O Banco Central (BC) sinalizou que deve ser mais ponderado com os próximos cortes na taxa Selic, hoje em 10,75% ao ano, por conta das incertezas que rondam o cenário de inflação.
“Alguns membros argumentaram ainda que, se a incerteza prospectiva permanecer elevada no futuro, um ritmo mais lento de distensão monetária (de corte dos juros) pode revelar-se apropriado, para qualquer taxa terminal que se deseje atingir”, disse a instituição.
O Copom promoveu seis cortes consecutivos de 0,5 ponto percentual nos juros. Com isso, a taxa Selic caiu de 13,75% ao ano em junho do ano passado para os 10,75% ao ano na reunião da última semana.